BIOGRAFIA OVAR

Cidade de OvAR 
HJ MORO EM OVAR

 a cidade do Pão de Ló e do Azulejo



 Ovar e conhecido como a Cidade do Museu do Azulejo e, segundo o Dr. Alberto Lamy, na sua “Monografia de Ovar”, “a cidade possui a mais rica colecção de azulejos de revestimento de fachadas do País, quer em quantidade, quer em variedade”.

Foram os emigrantes ovarenses que, no regresso do Brasil, e influenciados pelo uso do azulejo na parte exterior dos edifícios brasileiros, decidiram usar este material nas fachadas das suas casas, acabadas de construir.

Para além dos variadíssimos padrões que podiam ser utilizados, o azulejo protegia as paredes da humidade e isolava a casa do frio. O impacto que causava nos vizinhos a utilização de tão inovador revestimento decerto que também não desagradava a estes emigrantes...

Ciente da importância deste património, a Câmara Municipal de Ovar decidiu criar o Atelier de Conservação e Restauro do Azulejo, com o objectivo de preservar o património edificado de Ovar e alertar para a importância da sua componente cerâmica, incidindo sobretudo no azulejo de fachada datado entre os finais do século XIX e princípios do século XX.
A população, que até o momento havia conservado seu carácter tradicional, sofre uma intensa transformação a meados do século XX com a chegada do processo de Industrialização. A indústria, caracteriza-se pela diversidade das actividades, passa a empregar a maior parte da população activa e o sector primário, mesmo que não desaparecesse, se vê reduzido de forma considerável.

 Nas últimas décadas se incrementou o sector de serviços e o comércio para satisfazer as necessidades dos turistas que acodem a desfrutar das duas magnificas praias durante as férias de verão. Também vale a pena passear pelas ruas da zona histórica da cidade para desfrutar das características fachadas, revestidas de azulejos do século XIX e XX.
Ovar é um concelho composto por oito freguesias (Ovar, Esmoriz, Válega, Cortegaça, Maceda, S.João, Arada e S. Vicente de Pereira). Abrange uma área superior a 160 Km2 e é um dos 19 concelhos do distrito de Aveiro, ocupando uma posição privilegiada no litoral norte. Tem cerca de trinta mil habitantes para a área de 150 Km2.
O concelho beneficia ainda da sua excelente localização relativamente à cidade e porto de Aveiro - 32/35 Km a sul e 35 Km a norte do Porto - situando-se num dos eixos estratégicos do desenvolvimento nacional. É servido pela Estrada Nacional 109, pela linha dos Caminhos de Ferro (desde 1863) e dispõe de acessos à Auto-estrada Porto/Lisboa a cerca de 10 Km.

Não há transportes urbanos; apenas algumas carreiras de autocarros para os lugares e vilas do concelho, assim como para S. João da Madeira, Feira, Oliveira de Azeméis e Espinho. A rede de transportes escolares cobre a generalidade das localidades adaptando, na sua maior parte, os transportes públicos existentes.


Pão-de-Ló de Ovar é um dos principais cartões de visita da doçaria tradicional portuguesa,
                                                                                                                                        
Um pouco de história como  surgiu o famoso pão-de-ló. Já em 1700, o famoso doce era usado como oferta aos oradores sacros e figurantes que visitavam a então vila.
Muitos estudos nos leva diretamente e indiretamente afirmando a ter surgido em algum convento nos arredores de Ovar. A receita terá sido levada para lá por alguma religiosa filha da terra.
Por volta de 1900 apenas algumas famílias sabiam  a receita do tão apreciado doce sendo só por elas fabricados, por essas razões as pessoas lhe levam todos os ingredientes para que lhe confeccionassem a iguaria de comer e chorar por mais.
O seu fabrico era feito em enormes alguidares de barro vermelho, batendo à mão cerca de 2 horas, cozido em caçarolas de barro forradas de papel branco. Havia pessoas que presenteavam familiares e amigos de Lisboa com essa delícia. Sendo estes transportados em canastras de formato esguio de acordo com formas de bolo.
Com o passar dos anos algumas dessas famílias usaram os seus conhecimentos fazendo deles um bom negócio bem rentável, dando a conhecer essa maravilha ao mundo.



Receita:
Ingredientes:
  • 18 gemas;
  • 5 claras;
  • 250 g de açúcar;
  • 125 g de farinha
Confecção:
Batem-se as gemas com as claras e o açúcar, até se obter um preparado muito espesso e cujo volume seja largamente superior ao inicial dos ovos e açúcar. Adiciona-se a farinha que foi peneirada pelo menos duas vezes, batendo suavemente. Tem-se uma forma redonda com cerca de 22 cm e forra-se com papel espesso. Tradicionalmente, o papel deve ter apenas uma circunferência que cubra o fundo da forma com uma rodela e os lados com uma tira (de papel vegetal). Deita-se a massa sobre o papel e leva-se o pão-de-ló a cozer em forno aquecido a 175ºC (forno médio baixo) durante 40 minutos. A superfície do bolo deve ficar húmida e, no dia seguinte, apresentar como que uma camada de ovos moles.