As dispensações que Deus estabeleceu para Israel, para a Igreja e para o mundo.

Inocência
Consciência
Governo Humano
Patriarcal
Lei
Graça
Milênio


Para entendermos o que Deus projetou para a terra, para os homens e para os seres espirituais, precisamos entender as dispensações.


A palavra dispensação
A palavra “dispensação” encontra-se quatro vezes no Novo Testamento
(1 Co 9.17; Ef 1.10; 3.2; e Cl 1.25).
A palavra grega usada para dispensação é “oikonomia”, da qual deriva-se da palavra a palavra “economia”, que segundo o Dicionário Prático Ilustrado, significa “ boa ordem na administração, na despesa de uma casa”. Originalmente significava  a mordomia ou a gerência de uma casa.(Em grego, casa é “oikos”). No contexto bíblico a “dispensação” (oikonomia) representa a administração que Deus faz em sua grande “casa” universal, não qual estão afetos a Ele todas as inteligências, tanto homens como seres angelicais. O estudo das dispensações revela os vários métodos usado por Deus em suas revelações com as diferentes classes dos povos, através dos vários períodos determinados por Ele a fim de  alograr o seu propósito. Por conseguinte, é necessário distinguir ou separar esses diversos períodos.

          

 O Século Antediluviano 

Dispensação inocência
Dispensação consciência


Este período de tempo, de duração incerta,tendeu-s desde a criação do ser humano até o Dilúvio, nos dias de Noé.
O período divide-se em duas dispensações: a dispensação da inocência e a dispensação da consciência.
Deus fez o homem dotado de livre-arbítrio e é necessário que a sua vontade seja provada, para verificar se de fato ele serve a Deus por amor à sua Pessoa ou não.  Satanás fracassou em sua prova ( Is 14.12-16 ; Ez 28.12-15 ), é o inimigo de Deus e procura destruir os seus planos. Por tudo isso,  o homem a nova criação de Deus, precisa passar pela dita prova. No final será excluído tudo que não se harmonizar com Deus.

Nota-se que em certos pontos principais as dispensações têm alguma semelhança entre si. Em casa dispensação há uma  palavra chave” que revela a condição moral durante o respectivo período. Cada dispensação  demonstra claramente o propósito de Deus, e cada uma inicia-se com uma nova revelação dele. Cada dispensação também manifesta a desobediência  do homem para com essa revelação e a separação entre os obedientes e os desobedientes no fim do período. Nota-se uma degeneração moral na linhagem ímpia e a piedosa. Daí resulta a apostasia quase total e consequente juízo divino. Romanos 1.16-32 .
Em conjunto com as dispensações verifica-se a presença das grandes alianças ou pactos entre Deus e os homens.  Essas constituiem em cada caso a nova revelação de Deus. A Queda do homem, Dilúvio, a chamada de Abrãao, o Êxodo do Egito, o primeiro advento deCristo ao mundo, o segundo advento de Cristo, e o Juízo do Grande Trono Branco.
A DISPENSAÇÃO  DA  INOCÊNCIA
1.A  posição do homem
A palavra-chave é INOCÊNCIA

Deus criou o homem como coroa e glória de toda a criação, sua própia imagem, para ele ser o regente e cabeça da criação perfeita do mundo edênico (Gn 1.26,28 ) .
Mas Cristo é a expressa imagem da sua pessoa e a imagem do Deus invísivel” (  Hb 1.3  e  Cl 1.15 ) . Cristo é a imagem de Deus e o homem foi feito a imagem de Deus. Essas expressões nos dão a entender que o homem foi criado em Cristo, a eterna imagem de Deus e formado segundo Ele.
Cristo é o original e Adão a cópia”
Embora Cristo ainda não tivesse encarnado, Cristo iria reinar sobre a criação através do seu representante, o homem ( Lc 3.8 ).  Havia íntima comunhão entre Deus e o homem, pois notamos que Deus   passeava no jardim pela viração do dia ” ( Gn 3.8 ) . O homem foi dotado de inteligência perfeita e capacidade para poder administrar o mundo segundo a mente de Cristo. Deu nomes aos animais, sendo orientado por uma intuição dos propósitos divinos a seu respeito. Concluímos que que o primeiro homem era perfeito fisicamente e moralmente. Em Romanos 3. 23 descobrimos que ele tinha a glória de Deus.

2.A aliança edênica
Certas obrigações foram impostas ao homem, como 1) ocupar a terra,  2)comer somente de ervas e frutas,  3)guardar o jardim do Éden e 4)abster-se de comer da árvore do conhecimeto do bem e do mal. Era necessário essa proibição única, uma vez que o homem tinha o livre-arbítro.A escolha seria um meio de provar essa liberdade. Sua foi a opção de obedecer ou desobedecer a Deus, Contudo Adão foi muito bem advertido sobre as consequências más, caso desobedecesse: … no dia em que dela comeres, certamente morrerás  ( Gn 2. 17 ).

3.A falha do homem
Depois de certo tempo, entrou no paraíso edênico aquele elemento estranho, Satanás, cujo único propósito era introduzir confusão no ambiente de paz. Aproveitando-se da serpente, a mais sagaz (astuta) das criaturas d Jardim, conseguiu seu intento maligno.
O ardil por ele usado foi a dúvida que conseguiu introduzir na mente da mulher, por meio de insinuação muito disfarçada. “ E assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” perguntou ele.  “Será possível que Deus faria uma coisa dessas, proibir a vocês de comer duma árvore neste jardim?” foi sua interrogação maliciosa. Mais Eva não foi obrigada a aceitar essa calúnia venenosa. Ela deveria ter terminado logo a conversa tendenciosa contra a Pessoa do Criador. A sua resposta, “Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mais do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dela não comereis, nem tocareis para que não morrais”, deixa bem claro que ela não apenas tinha aceitado a sua sugestão mais o veneno já se espalhava no seu coração.

 A dúvida sobre a Palavra de Deus conduz à distorção dessa Palavra. Por isso ela acrescentou a frase “nem nele tocareis”. Ela duvicou da asserção divina, “certamente morrereis” e mudou-a para dizer “ para que não morrais”. Assim ela, infelismente, deu ouvido a esse abjeto e estranho que maliciosamente falou do Criador.
Eva, levou o marido Adão, à ruína. Seu pecado foi duplo e ela sofreu as maiores consequências desse pecado.

4-Os resultados da queda
a)     Conhecimento do bem e do mal
b)     A perda da comunhão com Deus.   (quebrou a lei de Deus)
c)      Separou-se de Cristo
Até então Adão havia sido sustentado pela fé na Palavra de Deus. “ Nem só de pão viverá o homem , mais de toda a palavra que sai da boca de Deus “ (Mt 4.4 ) Portanto quando o homem rejeitou a Palavra de Deus, que lhe era o Pão da vida, perdeu essa vida espiritual em Cristo. Cumpriu-se o solene aviso, “no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.17). Não foi Deus que os fez morrer em consequência do seu pecado. Foi simplismente  o caso da vida eterna que estava neles ser extinta pela sua recusa de continuar se alimentanto do Pão da Vida.
d)     O Espírito do homem ficou em estado de morte
O Espírito do homem é vivificao pela vida que risto lhe comunica.  Rm8.9,16  Destituído do Espírito Santo, o espírito do homem passa ao estado de “morte” espiritual. Foi o caso de Adão e Eva.

e)     A Perversão da Natureza Moral
No lugar da pureza do coração e da perfeição moral, que caracterizavam o homem no Éden, entraram o pecado e a perversão moral e consequente corrupção.
f)       O corpo ficou sujeito ás enfermidades – que no fim resultaram na morte física    
g)     Tornou-se escravo do pecado e de Satanás.
Uma vez que o homem rejeitou a Palavra de Deus e aceitou a Palavra do inimigo, naturalmente tornou-se escravo do pecado e do diabo, seu novo “pai” (Jo 8.34,44). A regência do mundo passou das mãos do homem para o diabo. Adão assim perdeu a sua posição de superintendente do Jardim do Éden, sendo expulso dali.
Outros resultados funestros: O homem perdeu muito de sua inteligência e capacidade administrativa. Ele foi condenado a ganhar o seu sustento atráves de árduo labor (Gn3.19). A própria terra foi amaldiçoada por sua causa. A tristeza seria o companheiro constante do homem em toda a sua jornada. E, além disso, ainda perdeu as vestimentas gloriosas com que estava originalmente revestido.

5-A sorte da mulher (Gn 3.16)
Além das consequências más sobre o casa em geral, a mulher sofreu uma maldição tríplice: a concepção multiplicada, um aumento de dores durante a maternidade e a sujeição ao domínio do homem.
6-A maldição sobre a serpente(Gn 3.14,15)
A serpente recebeu pior maldição do que qqualquer outro animal- foi condenada a rastejar-se sobre o ventre e comer o pó da terra. Haveria guerra perpétua entre ela e o homem, a serpente lhe feririaa o calcanhar e ela lhe esmagaria a cabeça. Entendemos que essa é uma profecia referente a Cristo, que esmagou a cabeça de Satanás, destruindo-o para sempre.
7-Vedado o caminho da árvore da Vida (Gn3.24)
Foi por misericórdia que Deus expulsou Adão e Eva do Jardim e proibiu a sua aproximação da árvore da vida, pois se tivessem comido dessa árvore amargariam uma existência eterna no triste estado em que se encontravam. Era preferível estarem sujeitos à morte física, pois a mesma serve para conduzir os homens a Cristo.


8-Um raio de esperança(Gn3.15)
Essa promessa pode ser chamada de “proto-evangelho” , pois Deus prometeu a semente da mulher, que dela  mesmo nasceria aquele capaz de esmagar a cabeça da serpente, isto é, Jesus Cristo, o Redentor, que venceria Satanás. É a primeira das grandes promessas messiânicas.

A DISPENSAÇÃO  DA  CONSCIÊNCIA
1.A duração
Essa dispensação durou cerca de 1650 anos, abrangendo o período desde a queda do homem até o Diluvio.
2.A condição do homem
A palavra-chave é Consciência
Havendo perdido a filiação de Deus e estando separado daquela vida que vem do Criador, e tendo recebido em seu ser o veneno do pecado ( e “ do espírito que opera nos filhos da desobediência,  Ef 2.2), estando sujeito a Satanás, o homem partiu do Éden em condições bem diferentes das anteriores. Agora o mundo esta sob maldição. O homem havia perdido a inocência e a pureza da mente e da vida; tornou se então “como deuses” por estar em comunhão com o “deus desse século” (Co 4.4) Agora ele conhece a diferença do bem e do mal, Perdeu a comunhão com Deus, não esta mais “em Cristo” e alineou a capacidade do conhecimento espiritual. Foi prejudicado no espírito, alma e corpo, mais uma coisa reteve – a sua livre e espontânea vontade, pela qual poderia escolher entre o bem e o mal. Permanecu tal qual era antes, um ser livre e responsável perante Deus, por sua maneira de agir.
3.A  Aliança Adâmica
Da parte de Deus, essa aliança celebrada no Éden foi a solução divina para o problema do pecado, que surgiu como consequência da queda. Antes disso não havia logicamente sacrifício pelo pecado. Deus proveu uma oferta pela qual o homem poderia reencontrar a pureza e a comunhão com Deus (1 Jo 1.3,7)

3.o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.  4.Essas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra. 5.E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. 6.Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade.7.Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu filho nos purifica de todo pecado.

A liberdade da morte e a regência do mundo foram incluídas neste plano. Essa provisão era o cordeiro de Deus, morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8).
“Eis que o pecado (ou seja, a oferta pelo pecado) jaz a porta” Gn 4.7 Deus falou isso a Caim. A primeira família , assim ensinada por Deus, entendia isso perfeitamente e manteve esse costume de oferecer sacrifícios expiatórios de animais, sobre altares de pedra. Sete, Enoque, Noé e outros da linhagem piedosa mantiveram vivo esse costume de fé durante todo o período antidiluviano, de mais de 1500 anos (Hb 11.4-7).
A maneira correta para o homem expressar o desejo de entrar em comunhão com Deus era aceitar o caminho de redenção, provida por Deus na instituição de sacrifícios de sangue. Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício que Caim;de sorte que a fé e pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus(Rm 10.17). Isso significa então que Abel ouviu a Palavra de Deus transmitida pelo seu pai Adão, e creu demonstrando a sua fé na oferta de sangue, que era um tipo do Grande Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1 .29).
4. duas atitudes para com a provisão divina
Deus aprovou a oferta de Abel (Hb 11.4), e com isso Caim se irou ficando grandemente inciumado, pois percebeu que Abel podia substituí-lo no favor divino, talves pensando em seus direitos de primogenitura. Deus ainda tentou arrazoar com Caim, procurando acalmá-lo e exortando-o a ainda nessa hora buscar uma oferta de sangue, que jazia a porta.  Caim recusou essa sugestão. E por ser vaidoso e autosuficiente, ele mais tarde assassinou seu irmão Abel, crime que foi punido por Deus, sendo o réu banido daquelas partes sob maldição.



5.A linhagem ímpia e a sua civilização
Caim foi o primeiro a construir cidades e o primeiro a glorificar o nome do homem (Gn 4.17). Ele fundou uma civilização  e os seus descendentes ocuparam-se em desenvolver os recursos naturais, as utilidades e as artes estéticas.
   Jabal, um dos filhos de Lameque, distinguiu-se como o primeiro homem a ocupar-se da pecuária e adotar uma vida nômade, habitando em tendas. Talves em desafio ao mandamento de Deus, teria introduzido na dieta  o uso de carne e leite, com intenção de escapar do duro trabalho de lavrar a terra. Seja como for , havia a grande tendência de procurar os confortos e prazeres da vida.
Jubal , outro filho de Lameque, foi o inventor de instrumentos musicais. A música é do Senhor e haverá maravilhosa harmonias no céu, mais aqui no cap 4 de Gênesis trata-se da linhagem ímpia de Caim. Esses homens, Jabal, Jubal e Tubal-Caim eram todos homens ímpios (4.26).
Lameque foi o primeiro polígamo, isto é, possuiu mais de uma mulher.  Espírito orgulhoso e blasfemo desse homem pelo discurso que fez as suas mulheres em Gn 4.23,24
Tubal-Caim era fabricante de artefatos de ferro e cobre . Possivelmente foi o primeiro homem a forjar armas desses materiais. Aprendemos em Gn 6.13 que a terra se encheu de violência. Isso indica a orgia de crimes, homicíos e obras íniquas que se manifestavam naqueles tempos.
A posição proeminente das mulheres é notada em Gênesis 4.19,22. O nome Ada significa “adorno” e “beleza”. Zilá sig. “sombra” e Naamás sig “esbelta”. Não duvidamos que seus nomes foram dados para destacar a beleza física e o “charme” das mulheres antediluvianos. Na linhagem de Sete não há qualquer menção a mulheres.

6.A linhagem piedosa de Sete (Gn . 4.25 a 5.32 )
“Sete e seus descedentes eram homens de Deus, como se vê em Gn 4.26, então se começou a invocar o nome do Senhor. Enoque, o sétimo depois de Adão, é focalizado como um homem de Deus e, por seu fiel andar com Deus, foi arrebatado do meio da impiedade prevalecente nos dias anteriores ao Dilúvio. Ele entrou na história como o tipo dos vencedores dos últimos dias, que escaparão aos juízos e à Grande Tribulação que sobrevirão à terra.
7.A promiscuidade dos descedentes de Sete com os ímpios caimitas
Deus espera que seu povo mantenha-se separado do mal (2 Co 6.14-18). Evidentemente, os “Setistas” pouco a pouco foram tentados a abandonar o  seu andar com Deus, sendo finalmente destruídos pelo Dilúvio. Somente oito almas escaparam a esse castigo, Noé e sua família.
Gênesis capítulo 6 verso 2 registra como se deu a corrupção do género humano. “Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas;e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram”. Os descedentes de Sete casaram-se com os de Caim, e assim, presos a um jugo desigual, deixaram de manter a separação dos ímpios descedentes de Caim, como antes faziam. A apostasia que resultou foi completa e Deus foi obrigado, devido à extrema maldade dos homens, a destruí-los pelo Dilúvio.
O Dilúvio durou 1 ano e 10 dias.
8.O final da dispensação da consciência
Durante 1656 anos, a raça humana havia aumentado em número e construído uma grande civilização, mais o alto grau de impiedade causou destruição de tudo aquilo.
O desfecho da ispensação da consciência não significa que Deus deixou  de usar a consciência como um meio de falar ao homem. A consciência é conhecida como “a voz de Deus dentro da alma” . Noé e sua família haviam presenciados tanto o bem como o mal, e eram responsáveis com a sua posteridade pela obediência à voz da consciência e a escolher o bem.
O Dilúvio marcou o término dum período de intervenção divina na história do homem e um começo com Noé e seus filhos.


Definição da palavra “Século

Nas Escrituras essa palavra é usada para designar um tempo entre duas grandes mudanças ou transformações bruscas na superfície do globo passíveis de alterar as circunstâncias dos seus habitantes (Veja Mt 13.39,49 ; Co 4.4 ; Gl 1.4, Versão Revista Atualizada).
O conhecimento do assunto depende da interpretação de quatro palavras gregas usadas no Novo Testamento, as quais em varias traduções têm sido traduzidas por “mundo” ou expressões semslhantes. Estas palavras são:COSMOS, AION, GE, OIKOUMENE.